O atendimento do SAMU-192 em Maripá de Minas

O início de funcionamento da Rede de Urgência e Emergência (SAMU) no dia 8 de fevereiro de 2014, foi um divisor de águas em Maripá de Minas, para os atendimentos de urgência e emergência.

A excelente atuação dos profissionais do SAMU trouxe tranquilidade para os trabalhadores municipais da saúde e, principalmente, para os pacientes, que são atendidos com resolubilidade por profissionais certos, no tempo certo, e conduzidos para o local certo, para internação.

O novo sistema acabou com o tráfico de influências para se conseguir uma vaga hospitalar em nossa macrorregião de saúde, pôs fim ao desespero dos gestores municipais de saúde, em tentar conseguir esta vaga, reduziu os mandados judiciais para internações hospitalares, enfim, deu tranquilidade para que possamos exercer o real papel de um gestor, que é cuidar dos serviços de saúde ofertados na Atenção Básica do município.

A experiência mostra que, nesses sete meses de funcionamento do SAMU, o município que possui atendimento clínico 24 horas utiliza estes serviços de uma forma mais resolutiva porque possui um profissional da saúde para fazer os primeiros contatos com o SAMU e responder as perguntas técnicas efetuadas pelos médicos reguladores da Central Operativa (Juiz de Fora), principalmente nos finais de semana.

Em nosso município, a população não aciona o SAMU para as urgências e emergências, dirigindo-se à Unidade Básica de Saúde para obter os primeiros socorros. É a UBS, através de seus médicos e/ou enfermeiros, que realiza o contato diretamente com o SAMU, e isso tem funcionado muito bem.

Um outro detalhe muito importante é saber classificar os casos de urgência e emergência que realmente devam ser encaminhados para o SAMU (causas clínicas, obstétricas e principalmente as traumáticas). Desde a inauguração do SAMU, em 8 de fevereiro, até o dia 2 setembro, tivemos 28 casos no Município. Foram 17 atendimentos por causas traumáticas (61%), 9 por causas clínicas (32%) e 2 por causas obstétricas (7%).

O sexo masculino representa o maior contingente de atendimento, com 18 pacientes, contra 10 pacientes do sexo feminino. A faixa etária de maior atendimento está entre 20 e 40 anos, demonstrando que os idosos (acima de 60 anos) que costumam liderar este ranking, estão bem controlados pela Equipe de Saúde da Família – ESF.

Paulo Fernando Garcia
Secretário Municipal de Saúde